Última atualização: 04/02/2025
O nome pode parecer estranho, mas o virabrequim é uma peça muito importante para o seu carro, pois é responsável por transmitir a energia gerada pelo propulsor do veículo para a transmissão, que por sua vez, distribui essa energia para as rodas motrizes do automóvel.
Também conhecido como árvore de manivela ou girabrequim, a peça é um componente que praticamente mora no coração do motor, e é fundamental para que o carro entre em movimento com toda a estabilidade necessária para uma boa condução. .
Neste artigo o 99Blog vai explicar aos motoristas o que é o eixo virabrequim , como funciona, sua vida útil e o que acontece quando quebra. Continue conosco e saiba o que fazer para evitar prejuízos e dirigir sempre tranquilo.
O virabrequim consiste em um conjunto de manivelas que transfere a energia, um eixo que está localizado na base do bloco do motor. Também é conhecido como “girabrequim” ou “árvore de manivelas” (e ainda “veio de manivelas”, “eixo de manivelas” ou “cambota”).
É essencial para a mecânica dos motores a combustão. Sendo uma peça oscilante e em constante rotação, ele está preso e fica apoiado em mancais (apoios) revestidos de casquilhos (também chamados bronzinas).
Ao virar a chave e dar a partida no carro, o motorista inicia todo um processo: a bateria leva a energia até às velas de ignição, que liberam faíscas que provocam a queima da mistura ar-combustível dentro dos cilindros do motor.
Essa queima libera gases nos cilindros, que controlados por válvulas acionam então os pistões, e como eles estão ligados ao eixo virabrequim, repassam a ele a força produzida pela combustão. Essa força é convertida pelo virabrequim em um movimento rotatório (circular) transmitido às rodas e ao volante, o que faz com que o automóvel se mova para a frente.
Colocando de um modo mais simples, o virabrequim é o responsável pela transmissão da energia produzida pelo motor. Ele a transforma em propulsão e esse movimento aciona vários componentes do carro, finalmente sendo transportado até as rodas e o volante, fazendo o veículo andar.
A função de um virabrequim é transformar o deslocamento dos pistões, de sobre e desce em um movimento de rotação, gerando energia do propulsor para a transmissão, responsável pelo funcionamento das rodas motrizes que fazem o automóvel andar com estabilidade.
O virabrequim é uma peça com várias manivelas conectadas a ele em ângulos específicos. Cada uma destas manivelas está conectada a uma biela, e as bielas conectam-se a pistões.
O motor a combustão funciona com o chamado “ciclo da combustão”: o combustível é queimado dentro dos cilindros do motor, fazendo com que os pistões se movam para cima e para baixo.
Esse movimento dos pistões empurra as bielas e as bielas giram o virabrequim - ou seja, ele recebe o movimento, a força que a queima da mistura ar-combustível nos cilindros gerou.
Em resumo, a função do virabrequim é converter a energia recebida dos pistões pela queima do combustível e entrar em um movimento rotativo contínuo que é transportado ao sistema de transmissão do carro, ao final fornecendo energia mecânica ao automóvel, acionando as rodas e impulsionando o veículo a se mover, a andar.
Os tipos de virabrequim são: os fundidos, feitos de ferro ou aço fundido e os forjados, fabricados em aço forjado, pois para para cumprir sua função é preciso que a peça seja muito robusta e resistente. Os tipos de virabrequim são diferentes quanto ao processo de fabricação, propriedades e aplicações, vejamos:
O virabrequim forjado é o fabricado por meio de forjamento. Isto os torna mais duráveis e resistentes, motivo pelo qual em geral são utilizados em veículos de alta potência (pela maior leveza, maior precisão e pelo melhor desempenho em condições extremas).
Já o virabrequim fundido é aquele feito por meio de fundição. O custo de fabricação é menor e são utilizados em veículos não tão potentes e que admitem um desempenho mediano.
A polia do virabrequim é responsável por transmitir as rotações da peça para outras partes do motor, como o comando de válvulas e até peças acessórias como o alternador de bomba d'água.
Os tensores controlam a constância da tensão nas correias, para que elas fiquem sempre em contato com as polias, ligando-as ao motor. Por isso, também fazem parte da mecânica da peça.
Vale destacar que a polia do virabrequim precisa de manutenções regulares e por ser uma peça bastante utilizada, o ideal é que seja trocada a cada 60 mil km rodados ou a cada 4 ou 5 anos. Isso porque dirigir com a polia desgastada pode gerar problemas, como:
- Marcha lenta
- Excesso de vibração
- Problemas na parte elétrica
E até o travamento da polia do virabrequim , fazendo com que o alternador do veículo perca sua função e consequentemente, deixe de carregar a bateria.
Quando estraga o virabrequim , outros componentes do motor podem sofrer danos, como os pistões, mancais, válvulas e bielas. Isso acontece porque o eixo desgastado pode travar a peça e até resultar em um motor fundido
Se isso acontecer, o veículo precisará passar por uma retífica completa, por isso, é essencial prezar pelas manutenções regulares do carro, o que ajuda o motorista a prevenir danos e economizar com manutenções corretivas .
Veja a seguir outros danos que um virabrequim ruim ou danificado podem causar no veículo:
O eixo virabrequim com rachaduras ou danificado de qualquer outra maneira pode gerar contaminação do óleo lubrificante, com a entrada de fragmentos metálicos ou mesmo de água no sistema de lubrificação do motor.
Essa contaminação compromete a pureza do óleo lubrificante e em decorrência sua função de proteger os componentes do motor de desgastes, as consequências podem ser falhas do motor e outros danos adicionais.
Sons de batidas, cliques, barulhos semelhantes a moagem e outros ruídos incomuns vindos do motor, são mais algumas consequências que podem significar um virabrequim danificado.
Isso pode ser um indicativo de atrito em excesso entre as partes do virabrequim e as partes do motor. Conforme o problema vai se agravando esses barulhos vão se tornando mais fortes e permanentes.
Leia também: Manutenção preventiva: o que é e quando fazer?
A troca de óleo lubrificante com mais frequência do que o normal, também pode representar um virabrequim desgastado ou danificado. E serve como um sinal de alerta para os motoristas.
Um virabrequim em mau estado pode ocasionar vazamento do óleo lubrificante, o que provoca um aumento do consumo regular, fora do padrão de necessidade do motor.
O consumo excessivo de óleo pode representar não apenas um aumento nos custos com o veículo, mas também outros danos gerados pela falta de lubrificação no motor.
Como na maioria das questões mecânicas, uma coisa leva a outra. Um virabrequim avariado pode fazer com que o motor funcione de forma muito menos eficiente o que, ao final, causa um aumento sensível no consumo de combustível.
O porquê disso é simples: a peça danificada faz com que o motor trabalhe mais a fim de compensar a perda de eficiência causada pela condição prejudicada do virabrequim.
E agora chegamos àquele que talvez seja o pior dos problemas provocados por um virabrequim danificado: o superaquecimento do motor.
Um virabrequim avariado pode gerar atrito excessivo entre os componentes, fazendo com que o calor adicional sobrecarregue o sistema de refrigeração do veículo.
Como resultado desse desequilíbrio, as possibilidades de graves danos ao motor aumentam muito por conta do superaquecimento.
A vida útil do virabrequim pode variar de 60 mil km a 250 mil km, vai depender muito da forma como o veículo é usado e conservado; se o motorista costuma dirigir por vias asfaltadas ou estradas de terra, se o motor passa por manutenções preventivas e regulares ou não. Tudo isso pode diminuir ou aumentar a vida útil da peça.
Evidentemente, um virabrequim cuja manutenção é regular e bem cuidada, com trocas regulares de óleo e filtros, vai durar mais do que um que é negligenciado. No mesmo sentido, a qualidade dos materiais utilizada na fabricação dos componentes repostos também influenciará na durabilidade.
O intervalo de troca de um virabrequim pode ter muita variação, dependendo de fatores como:
Qual é o uso que se faz do veículo;
Como é a condução do carro pelo motorista que o dirige;
Tipo de terreno em que o carro roda: o desgaste será maior no campo, em estradas de terra e percursos mais longo, e menor se no asfalto e em distâncias mais curtas.
O custo para a troca do virabrequim pode variar de R$ 700 a R$ 900 reais, dependendo muito do modelo do veículo e da região onde o motorista vai comprar e trocar a peça.
Vale lembrar a importância da manutenção preventiva e regular do veículo, pois o custo de uma nova peça pode vir acompanhado de vários consertos, caso o virabrequim tenha causado possíveis danos.
É essencial saber que o virabrequim é uma peça que fica em local de difícil acesso, seja para manutenção ou substituição. Assim, caso ocorram falhas ou danos, muitas vezes é mais recomendável substituir o virabrequim inteiro, pois reparos podem ter um grau de dificuldade e um preço que não justifiquem um conserto.
Leia também: Manutenção preventiva, corretiva e preditiva: veja a diferença e a importância de realizá-las no seu veículo.
Agora que você já está bem informado sobre o virabrequim e como ele é essencial para que seu carro se mova com equilíbrio e segurança, veja as vantagens de se tornar um parceiro 99 e saiba como transformar o seu carro em uma fonte de renda!