O que é e como calcular a depreciação de veículos?
- Por: 99 •
- Última atualização: 15/09/2023
A depreciação de veículos é algo que atinge todos os automóveis. Mas você sabe como funciona e como calcular em cada caso? Conheça agora!
Todo proprietário de um automóvel sabe que, em algum momento, será necessário trocar o bem. Para se planejar e fazer o melhor negócio, é muito importante entender o que é a depreciação de veículos.
Esse conceito se refere à desvalorização de um veículo ao longo do tempo, algo que ocorre em todos os modelos de automóveis, motos, caminhões, etc. A depreciação é inevitável, mas tomando as atitudes corretas, é possível minimizar a desvalorização.
Neste artigo, você aprenderá como calcular depreciação de carro e quais fatores influenciam na valorização e desvalorização de um veículo.
Abordaremos, também, qual a desvalorização de um veículo de leilão e mostraremos de maneira prática como fazer o cálculo de depreciação. Acompanhe!
O que é depreciação de veículos?
A depreciação de veículos é a perda gradual de valor que o veículo sofre ao longo do tempo. A lógica é bem simples: quanto mais antigo for o automóvel, menor é o preço que as pessoas estão dispostas a pagar por ele.
Essa diminuição do valor l é calculada através da taxa de depreciação: uma porcentagem que indica a desvalorização de carro em um período de um ano.
Dessa forma, quanto maior o índice de desvalorização de carro, maior é o ritmo de perda de valor dele no mercado.
O conceito de depreciação vale para todos os tipos de veículos, como carros, motos, caminhões, ônibus, etc, bem como para imóveis e bens em geral.
Como mencionado, a idade do veículo é o principal fator que determina a depreciação do automóvel. No entanto, há outras variáveis que também influenciam na desvalorização do carro, como o estado de conversação e as customizações.
Dessa forma, a depreciação ocorre tanto pelas regras de mercado quanto pelo aspecto individual de cada automóvel.
Qual é a taxa de depreciação de veículos?
Para fins contábeis, a Receita Federal estipula que a taxa de depreciação de veículos é 20% ao ano. No entanto, essa taxa de depreciação de veículos é utilizada apenas para fins contábeis.
Nas negociações de compra e venda, o que vale é o cálculo de depreciação, que tem como referência o preço dos automóveis na tabela Fipe. Dessa forma, cada modelo de automóvel, na prática, tem sua própria taxa de depreciação.
Tem diferença na taxa de depreciação para motos?
Sim, em relação às motos, a taxa de depreciação definida pela Receita Federal é de 25% ano.
Porém, o índice real de depreciação de motos também é baseado na tabela Fipe, que considera o preço médio de negociação de automóveis em todo território nacional. Assim, o cálculo dessa taxa de qualquer tipo de veículo segue a mesma fórmula, que você verá a seguir:
Como calcular a depreciação de um veículo?
A depreciação de carro é calculada por meio de uma fórmula simples que considera a diferença de preço de determinado modelo ao longo de um ano, segundo a tabela FIPE
A fórmula da taxa de depreciação de veículos é a seguinte:
- Índice de Desvalorização = [(Ano anterior – Ano seguinte) / Ano anterior] X 100.
Vamos a um exemplo prático de como calcular depreciação de carro:
Suponha que você consultou a Tabela Fipe e verificou que um determinado automóvel estava precificado em R$45.500 em maio de 2023 e R$47.800 em maio de 2022.
Pela fórmula, a conta é a seguinte:
- Índice de Desvalorização = [47.800 – 45.500) / 47.800] X 100.
Assim, a taxa de depreciação anual do carro desse exemplo é de, aproximadamente, 4,8%.
O que interfere na depreciação de veículos?
Para saber o que é depreciação de verdade, é necessário conhecer os fatores que influenciam a desvalorização do carro.
Como mencionado, o ano de fabricação é o principal fator que interfere na depreciação de veículos. Quanto mais antigo for o veículo, maior sua depreciação – salvo as exceções de usados que, por raridade ou algum outro motivo, podem se valorizar com o tempo.
No entanto, a depreciação de veículos mais evidente é a que ocorre entre um novo e um seminovo, principalmente quando há troca via concessionária. Isso porque o lojista pagará muito menos pelo veículo do que ele custou ao ser adquirido, para poder compensar os gastos com impostos, manutenção da loja, salários, e afins.
Já entre os usados, a taxa de depreciação é menor e varia muito conforme cada marca e modelo de veículo. Questões de mercado, como o modelo parar de ser fabricado pela montadora e as tendências de consumo também impactam na precificação de carros usados.
Além desses fatores, ainda há outras variáveis que influenciam na depreciação de veículos. Veja, a seguir:
Customização em excesso
Em geral, quanto mais próximo um veículo estiver de seu estado original, menor a depreciação.
Isso porque os consumidores terão mais confiança no automóvel se ele manter o projeto original da fabricante. Por isso, alterações mecânicas em geral, como rebaixar o carro, por exemplo, costumam depreciar o veículo.
No entanto, também existem modificações que podem valorizar o carro na revenda. Em geral, otimizações discretas, como melhora no sistema de som, são vistas com bons olhos.
Já as customizações que modificam demais as características do automóvel, normalmente, acentuam a depreciação de veículos.
Conservação do veículo
Na hora de revender um automóvel, o estado de conservação faz toda a diferença para conseguir o melhor preço. Se o carro está com uma boa pintura e sem amassados ou arranhões na lataria, a depreciação dele será muito menor.
O mesmo ocorre na parte interna do veículo. Quanto menos marcas de uso tiver no volante, painel, bancos, etc, mais valorizado é o automóvel.
A conservação também diz respeito às peças, componentes e sistemas mecânicos. Se algum equipamento (ar-condicionado, por exemplo) não estiver funcionando corretamente, o preço do automóvel será menor.
Quilometragem
Assim como o ano de fabricação, a quilometragem é outro fator objetivo que pesa bastante na depreciação de veículos.
Afinal, quanto maior a quilometragem de um veículo, maior o desgaste geral dele e, consequentemente, menor o preço de revenda.
Dessa forma, carros fabricados no mesmo ano e com semelhante estado de conservação, terão preços bem diferentes de acordo com a quilometragem.
Histórico do veículo
Outro aspecto que interfere na depreciação de veículos é o histórico.
Se o veículo sofreu algum sinistro (batidas, inundação, etc), a depreciação dele certamente será maior. Carros com muitos donos também tendem a ser mais desvalorizados, mesmo que se mostrem bem conservados.
Além disso, carros de leilão também possuem depreciação acima da média. Aqui, cabe a pergunta: qual a desvalorização de um veículo de leilão?
Em média, veículos de leilão sofrem uma depreciação de 20% a 30% em relação à tabela Fipe, mas essa taxa pode variar conforme o modelo e estado de conservação do automóvel.
Sabendo qual a desvalorização de um veículo de leilão, muita gente considera um automóvel adquirido dessa forma como uma ótima oportunidade de negócios. No entanto, esse tipo de compra requer o máximo de cuidado, pois não é possível saber a real situação mecânica de um automóvel desse tipo.
Tem como evitar a depreciação de veículos?
Sem dúvidas, há diversas ações que você pode realizar para diminuir a depreciação de seu veículo.
Afinal, a idade do automóvel é apenas um dos fatores de depreciação de veículos – as outras variáveis dizem muito sobre a maneira como o proprietário cuida do próprio veículo.
Dessa forma, se o proprietário zelar pelo bom estado de seu automóvel, a depreciação de carro será muito menor.
Veja, a seguir, as principais recomendações para evitar a depreciação de veículos.
Mantenha uma rotina de revisões
A vida útil de qualquer veículo depende muitodas revisões.
Se as revisões estão em dia, há bem menos riscos de o automóvel ter problemas mecânicos, e isso interfere diretamente na valorização do carro.
Dessa forma, ao adquirir veículos novos (e em alguns casos, seminovos) é fundamental cumprir com as revisões programadas, que são aquelas determinadas pela fabricante.
Essas revisões contribuem para o bom estado do veículo e são obrigatórias para manter o automóvel em garantia. Por isso, mantenha guardado os comprovantes das revisões, pois isso fará o carro ser mais valorizado na revenda.
Além disso, após o período de garantia, é muito importante realizar regularmente as manutenções preventivas. Com elas, o seu carro terá muito menos problemas mecânicos, dando mais segurança e diminuindo a depreciação dele.
Tenha cuidados com as peças do carro
Ter peças originais também conta muito na hora de evitar a depreciação de veículos. Se puder manter todos os componentes originais de fábricas, melhor. No entanto, pode ser necessário trocar alguma peça do carro no dia a dia.
Nesses casos, priorize sempre as peças que são próprias do modelo do veículo, em vez de componentes genéricos ou adaptados. Em geral, quanto mais próximo o veículo estiver da versão de fábrica, menor será a depreciação.
Uma dica para conservar algumas peças do carro é utilizar capas para volante e para os bancos, por exemplo. Isso evita o desgaste desses itens, mantendo a boa aparência interna do carro.
O uso de protetores solares automotivos também contribuem para conservar o painel do carro.
Mantenha a boa aparência do veículo
Na hora de negociar o automóvel, a aparência será o primeiro aspecto que o comprador ou a concessionária irá avaliar. Por isso, é muito importante cuidar para manter a lataria do carro bonita e conservada.
As principais dicas para isso são lavar o automóvel regularmente, fazer o enceramento e guardar o carro sempre em local coberto.
É importante cuidar também dos possíveis amassados, manchas e arranhões que podem acontecer durante o uso no dia a dia.
Em alguns casos, o polimento resolve, mas em certas situações, pode ser necessário um serviço de lanternagem.
Nunca é demais salientar a importância de dirigir com responsabilidade, pois isso aumenta a segurança e diminui o risco de batidas.
Também é fundamental cuidar da aparência interna do veículo. Para isso, limpe regularmente o carro por dentro e evite consumir alimentos e bebidas durante seu uso, para não manchar os bancos.
Opte por aluguel de carros
As recomendações anteriores contribuem bastante, mas não tem jeito: a depreciação de veículos é algo que todo proprietário de automóvel precisa lidar.
Dessa forma, o único jeito de evitar totalmente a desvalorização do automóvel é optando pelo aluguel de carros, ao invés de possuir um veículo próprio.
Essa alternativa pode ser bastante vantajosa para motoristas de aplicativos, visto que a alta quilometragem de seus veículos pesa bastante na depreciação. Além disso, o proprietário se livra das preocupações com impostos e manutenções de seu carro, que ficam a cargo da empresa locatária.
Assim, é uma boa ideia pesar prós e contras, colocar os gastos na ponta do lápis e verificar se vale a pena adquirir carro por assinatura.
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