#ElasChegamJuntas: conheça o movimento da 99 que está tornando as ruas mais femininas com as motoristas parceiras
- Por: 99 •
- Última atualização: 15/06/2022
Você já parou para pensar em como as cidades são pensadas por e para homens?
Tanto os grandes projetos de urbanização, quanto os pequenos detalhes que compõem um espaço público acabam refletindo o nosso histórico social, no qual as mulheres são constantemente invisibilizadas.
Isto é, assim como em outros lugares, nas ruas, elas sofrem com uma significativa falta de representatividade. Como prova, basta fazer o rápido exercício de tentar lembrar quantas ruas levam o nome de mulheres ou quantos monumentos existem para homenagear uma figura feminina.
Difícil, não é mesmo? E não há como ser diferente, afinal, no Brasil, 80% das ruas carregam nomes de homens e menos de 12% dos espaços públicos homenageiam mulheres, de acordo com informações do IBGE.
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#ElasChegamJuntas: o movimento da 99 que está tornando as ruas mais femininas com mulheres motoristas
Impulsionados pela vontade de contribuir com a transformação dessa realidade, nós criamos o movimento #ElasChegamJuntas. A 99 convidou artistas mulheres para retratar a história de motoristas parceiras, através de grandes painéis de arte urbana, distribuídos em seis cidades do Brasil.
O projeto teve início no dia nove de março de 2022, logo após o Dia Internacional da Mulher, justamente para reforçar a importância de abordar a representatividade feminina de forma constante; não em um único momento do ano.
Inclusive, aqui na 99, a gente faz questão de defender esse posicionamento durante o ano todo, através de diversas ações voltadas para o público feminino. A iniciativa #ElasChegamJuntas, por exemplo, faz parte do 99 Mais Mulheres, que tem como objetivo trazer mais segurança, liberdade e autonomia para mulheres motoristas e passageiras.
Além disso, todas as intervenções artísticas foram realizadas próximas às casas de cada motorista parceira homenageada. Dessa forma, as artes possuem um vínculo com o lugar em que cada uma delas constrói, diariamente, a sua história.
Na hora de realizar as intervenções, a 99 também levou em consideração locais com pouca iluminação, pois os painéis são iluminados, e assim a história de cada motorista parceira também contribui com a segurança para todas as pessoas que passarem por eles.
Dá só uma olhada:
Visibilidade que dura o ano inteiro
As cidades e locais escolhidos para receber os painéis foram as seguintes:
- São Paulo (SP): Rua Amaral Gurgel, 97;
- Campinas (SP): Avenida Governador Pedro de Toledo, 910;
- Rio de Janeiro (RJ): Rua Clarimundo de Melo, 272;
- Recife (PE): Avenida Conde Pereira Carneiro, 2016
- Salvador (BA): Caminho 27- Jaguaripe II, 1 – casa 2;
- Porto Alegre (RS): Avenida Loureiro da Silva, 1660.
Em São Paulo, a obra fica localizada em uma das empenas do Elevado Presidente João Goulart, mais conhecido como “Minhocão”. Esse é um dos pontos mais famosos da capital paulista, por ser uma importante conexão viária da cidade, também frequentado por inúmeras pessoas que buscam lazer aos domingos, e palco já constante de intervenções artísticas.
A primeira motorista parceira a dar vida a um painel artístico foi a Jaqueline Ramos. Desde que começou a dirigir com a 99, há quatro anos, ela conquistou autonomia, liberdade, mudou a forma de enxergar a vida e descobriu novas habilidades.
“Dirigindo, eu percebi que tenho uma escuta empática e comecei meu curso de psicanálise. Logo vou começar a atender, mas não pretendo parar de dirigir, porque ser motorista de aplicativo me oferece uma renda para continuar fazendo outras coisas que gosto”, conta Jaqueline.
A obra foi desenvolvida pela artista visual, Bea Corradi, que utiliza o seu trabalho como ferramenta de diálogo e para abordar temas relacionados ao universo da mulher. Sua arte retrata a figura feminina por meio do rosto, expressões e natureza, com uma paleta de cores característica e formas abstratas.
Segundo a artista, a história de Jaque pode servir como uma inspiração e gerar reconhecimento em outras mulheres que vivem um momento de superação e reconstrução da autoestima.
Já em Porto Alegre, a motorista parceira homenageada foi a Denise, mais conhecida como Dê. Apesar de ter nascido no interior, ama morar na capital gaúcha e fica feliz em poder transportar as pessoas, principalmente pelos bairros Bom Fim, Centro e Zona Sul.
Para ela, ser motorista parceira é tranquilo, mas sente que ainda existem desafios. Durante a pandemia, Denise reaprendeu os valores da vida: o amor, o compartilhar, o ajudar ao próximo, a valorização do ser humano.
Sua obra foi desenvolvida pela multiartista brasileira, Pati Rigon, que trabalha com pinturas à óleo hiper-realistas, ilustrações, grafites e tatuagens. Pati também é modelo e militante pela visibilitade intersexo.
Para a artista, a inspiração em usar pássaros para representá-la veio da própria essência da Denise: uma mulher muito presente no hoje, muito corajosa e muito livre.
No Rio de Janeiro, a Gladys foi a motorista parceira homenageada. Ela é solteira e mãe-solo de uma menina de 12 anos. As duas moram sozinhas, e na sua casa pode faltar tudo, menos amor, alegria e união. Glays conta que adora ser motorista parceira, e que para ela, ser mulher gera mais conexão e afeto. Exemplo disso são alguns passageiros que acabaram se tornando amigos.
Para retratar a Gladys, a artista visual e ilustradora, Bruna Romero, mais conhecida como Bruna Frog, foi a escolhida. Com uma paleta predominantemente suave, a artista une desenhos femininos e frases que são reflexões pessoais, mas acabam se assemelhando à vivência de muitas pessoas.
Tatiane, ou Tati, como gosta de ser chamada, foi a homenageada de Recife. Noiva, mãe de um menino e única mulher entre quatro irmãos, a motorista parceira adora conhecer pessoas novas e lugares diferentes. Além disso, é estudante de psicologia e sonha em se formar para poder ajudar as pessoas. Como sociedade, acredita que precisamos ser mais empáticos e conta que apesar do trânsito intenso, ama ser motorista parceira.
Em Recife, a Stefany Lima (FANY) ficou encarregada de homenagear a motorista parceira! Seu trabalho parte das experiências e questões que atravessam seu cotidiano, transitando pelas temáticas que abrangem corpo, território, ancestralidade, afetividade, feminino, resistência, imaginário e espaço urbano. Na obra, a artista inseriu elementos que representam liberdade, educação e, é claro, o filho da Tati.
Motorista parceira há três anos, Cleu sonha em ter um carro próprio para continuar fazendo o seu trabalho da melhor forma possível. Daqui a algum tempo, quer fazer psicologia, porque durante as viagens escuta muito os passageiros. Sua maior satisfação é quando uma pessoa entra de um jeito e sai melhor do carro. Para Cleu, gratidão é ser motorista parceira.
Para a artista Gim Martins, Cleu é uma mulher muito religiosa e devido a essa fé inabalável, ela enxerga o mundo com muito otimismo e prosperidade. Ela é uma mulher que carrega uma delicadeza em sua fala, ao mesmo tempo em que transpassa uma grande força.
Além disso, Cleu ama ser motorista, escutar as pessoas e consegue enxergar suas conversas diárias como uma possível ferramenta de transformação. Por isso, a artista quis representar tudo isso na hora de criar. O resultado foi uma obra delicada, onde os longos cabelos se transformam em caminhos e fazem uma conexão entre amor, fé e trabalho.
Mãe de quatro filhos, Lívia é a homenageada em Salvador. Ela se tornou motorista parceira após um dos seus filhos perceber que, através da direção, ela poderia cuidar da família e ainda fazer uma grana extra. Cuidar das pessoas é um dos seus juramentos e, no volante, ela é parceira, companheira e gosta de ouvir.
A artista Maria Paula Costa foi a responsável por criar a homenagem. A arte inspirada na Livia retrata toda a leveza e acolhimento que ela transborda e transmite para quem está por perto. A motorista parceira é uma potência ensolarada, radiante, florida e colorida. E é justamente toda essa rica essência que a obra demonstra.
Mais mulheres nas ruas, mais representatividade
Com tantas histórias inspiradoras estampando espaços públicos, fica mais do que comprovado que lugar de mulher é nas ruas e onde mais ela quiser, inclusive, atrás do volante.
Diante disso, ser motorista parceira pode ser uma maneira de começar uma carreira nova, com possibilidade de horários flexíveis, ou de obter uma renda extra.
Além disso, pode ser uma forma de exercer a sororidade. Deste modo, passageiras que não se sentem à vontade para solicitar carros conduzidos por homens, poderão contar com você.
Se interessou? Confira mais motivos para se tornar uma motorista parceira 99!
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