Avanço da vacinação traz paulistanos de volta ao comércio e ao turismo
Cerca de 97% da população adulta de São Paulo já recebeu a primeira dose da vacina, e 48% já está completamente imunizada. Com o avanço da vacinação, observa-se a retomada das atividades e o retorno do movimento nos principais centros paulistanos. É o que aponta um levantamento realizado pela 99, empresa de tecnologia ligada à mobilidade urbana e conveniência, que analisa a retomada da circulação de pessoas nas principais regiões comerciais, de lazer e nos aeroportos e terminais rodoviários da capital paulista, baseado nas viagens por app realizadas nestes locais.
A análise mostra que o movimento nas regiões de comércio popular e nos shoppings centers de São Paulo são os que mais se aproximam – e até ultrapassam – os índices de viagens realizadas em 2019, ou seja, antes da pandemia de Covid-19. Bom Retiro, Bourbon Shopping (em Perdizes) e a região do Brás são as localizações que, de acordo com o levantamento da 99, já retomaram o volume de viagens, na comparação entre julho de 2021 e julho de 2019. O Shopping Center Norte (na Vila Guilherme) e o Shopping Ibirapuera (em Indianópolis) são outros dois centros que também aparecem com bons índices na retomada do movimento, segundo os números de corridas.
“Além do óbvio benefício que a vacinação traz para nossa saúde e bem-estar, é interessante observar as vantagens tanto para os comerciantes, que veem na flexibilização das regras a oportunidade para ficarem com os estabelecimentos abertos por mais tempo ao longo do dia, quanto para os consumidores, que sentem-se mais seguros para retomar a visitação a shoppings e ao comércio popular, o que, consequentemente, gera também a retomada das corridas por app,” explica Tamara Komatsu, Gerente de Operações da 99.
Turismo
O levantamento da empresa também mostra que a vacinação traz a retomada de um dos setores que mais sofreu com a pandemia, o turismo. Segundo o IBGE, o setor encolheu 36,7% ao longo de 2020, na comparação com 2019, e agora já demonstra sinais de recuperação, principalmente quando olhamos para as viagens realizadas de ônibus. Por exemplo, as corridas realizadas para o terminal Barra Funda, o segundo maior de São Paulo, já ultrapassam os índices de 2019 desde maio (em julho último, registrou 123% de corridas na 99, na comparação com igual mês de 2019).
Quando analisamos os dois principais pontos de partida e chegada da cidade de São Paulo, o Terminal Rodoviário Tietê e o Aeroporto Internacional de Guarulhos, ambos estão em ritmo de recuperação, já realizando, cada um, 70% das corridas que eram realizadas em julho 2019 (em junho, por exemplo, esse número era de apenas 42%, o que mostra uma retomada crescente e gradativa).
Lazer
Assim como outras diversas cidades do país, São Paulo é conhecida pela agitada vida noturna, com restaurantes e bares para todos os gostos e sabores. E o paulistano que estava com saudades de comer fora, tem aos poucos retomado esse hábito. Uma das principais regiões para os frequentadores de bares e restaurantes na cidade é o bairro de Pinheiros, na Zona Oeste. A 99 comparou o volume de corridas realizadas no bairro, que, em abril, estava em 38% do realizado no mesmo mês em 2019. Atualmente esse número já está em 60% (na comparação jul/2021 vs jul/2019). “Assim como nos centros de compras, aos poucos a população vai retomando a confiança para voltar a um hábito muito popular em São Paulo, que é comer fora de casa”, afirma Tamara.
Centros empresariais
Faria Lima, Paulista e Berrini são localizações da cidade muito movimentadas por serem três dos polos comerciais mais importantes de São Paulo. Porém, com a chegada da pandemia, os escritórios cheios deram lugar a ruas mais vazias e colaboradores trabalhando em home office. E, segundo os números da 99, essa ainda é a retomada mais lenta na cidade, com a Faria Lima concentrando apenas 38% do volume de viagens já realizadas pelo app em julho de 2019. A Av. Paulista registra 35% e a Berrini apenas 24%.
“O movimento ainda tímido nessas regiões nos mostra claramente a tendência do trabalho remoto, que se ampliou fortemente desde a chegada do coronavírus ao Brasil e transformou o mindset de muitas companhias. Hoje, sabemos de empresas que pretendem manter o home office a longo prazo, inclusive após conclusão da vacinação em todo o país,” finaliza Tamara.
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