Será que pagar o valor mínimo da fatura do cartão de crédito realmente é um bom negócio? Saiba quais taxas e juros estão envolvidas nisso.
O cartão de crédito é uma salvação rápida quando o dinheiro fica curto e as contas não param de chegar. Mas, quando é dia de quitar o cartão, será que o pagamento mínimo da fatura é a melhor opção?
Os juros do cartão de crédito estão entre os mais altos do mercado. Por isso, deixar de pagar essa conta só piora uma situação financeira que já está complicada. Mesmo que você não consiga pagar o valor cheio, existem maneiras de evitar que essa dívida fique tão grande.
Uma delas é fazer o pagamento mínimo da fatura. Você confere no texto abaixo como essa opção funciona e se existem outras possibilidades para diminuir o peso dos juros. Acompanhe!
Como funciona o pagamento mínimo da fatura?
O pagamento mínimo da fatura permite que você pague menos do que está sendo cobrado sem ficar inadimplente. É uma saída quando não se tem dinheiro para quitar a quantia total. Cada instituição financeira define o valor mínimo, que costuma ser de 15% sobre o total da fatura.
Se você tem uma fatura de R$1.000, por exemplo, 15% seriam R$150. Confira qual é esse mínimo na sua conta do cartão de crédito, pois pode haver pequenas variações.
Ao pagar o mínimo da fatura ou algum valor entre o mínimo e o total, você está adiando o acerto do restante. Essa dívida é automaticamente financiada pela empresa, acionando o crédito rotativo.
Você paga por esse adiamento com Taxas de Parcelamento altas e outras taxas. Vamos falar sobre elas mais adiante.
Agora, ao optar por não pagar a conta ou quitar uma quantia abaixo do mínimo, o cartão será bloqueado. Além disso, seu nome vai para os serviços de proteção ao crédito.
Qual a diferença entre parcelamento e pagamento mínimo?
Se você não tem como pagar o valor total que usou no cartão, pode fazer o pagamento mínimo da fatura ou o parcelamento.
No pagamento mínimo, você acerta só uma parte da quantia. O crédito rotativo é acionado e você assume o compromisso de quitar o restante na próxima cobrança.
Já o parcelamento é uma forma de pagar a fatura por mais tempo, ao longo de alguns meses. Há cobrança de taxas e outras taxas, mas são menores do que no crédito rotativo.
O que acontece após o pagamento mínimo?
Como dissemos antes, após pagar o mínimo da fatura, o que ficou em aberto vai para o crédito rotativo. Se você fizer novas compras até a próxima data de vencimento, terá que pagar por elas e pela quantia que deve na mesma fatura.
Mas o que fazer quando não se tem como pagar o valor total de novo?
Desde 2018, as empresas de cartão de crédito não podem mais cobrar os juros rotativos por mais de 30 dias para a mesma dívida. Essa medida foi uma saída para evitar o superendividamento das pessoas no uso do cartão.
Ou seja, se você não tem como pagar o valor que já estava no crédito rotativo, a companhia é obrigada a oferecer uma opção de parcelamento do saldo devedor. Os juros são menores do que o crédito rotativo.
Taxas
Vamos usar um exemplo para mostrar o que o pagamento mínimo da fatura faz com o seu bolso:
A fatura chegou no valor de R$1.000 e você optou por pagar o mínimo do cartão. No seu caso, esse mínimo é de 15%, o que seria R$150.
Com o pagamento mínimo da fatura, faltam R$850 para quitar, que serão cobrados no mês seguinte. Além desse valor, você precisa arcar com outras cobranças:
- Juros: atualmente, em média de 14% ao mês e 445% ao ano, segundo o Banco Central;
- Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) mensal de 0,38%;
- IOF diário de 0,0082%.
Assim, na fatura seguinte você terá que pagar esses valores:
- R$ 850 do saldo devedor
- 850 x 14% de juros no mês = R$ 119
- 850 x 0,38% de IOF mensal = R$ 3,23
- 850 x 0,0082% do IOF diário x 30 dias = R$ 2,09
- Total: R$ 974,32
Nesse exemplo, você vai pagar R$124,32 apenas em taxas, o que seria quase os R$150 do pagamento mínimo da fatura. A impressão que fica é que não adiantou muito optar pelo valor mínimo, não é mesmo?
Além desses valores, não esqueça que, se fizer novas compras, precisa incluir na fatura seguinte também.
Caso não consiga pagar o que jogou no rotativo, a dívida vai para o parcelamento, com taxas menores. Mas, se atrasar esse pagamento, o cartão é bloqueado e o nome pode ser negativado.
Como forma de minimizar os impactos das dívidas de cartão, em outubro de 2023, o governo federal sancionou a lei que propõe um teto para a cobrança de juros rotativos para não serem mais tão altos. As emissoras de cartão definiram este teto em janeiro deste ano.
Como fica o limite do cartão de crédito após o pagamento mínimo?
O limite é liberado conforme você paga pelo que usou. Se acertar apenas o valor mínimo, você terá só essa quantia como limite para novas compras.
No parcelamento é a mesma coisa: cada parcela paga libera o valor correspondente no limite.
Vale a pena optar pelo pagamento mínimo da fatura?
A melhor opção é usar o cartão de crédito de forma equilibrada, usando apenas o que consegue pagar por mês. Você deve pagar menos do que o total somente em duas situações:
- Se não tem o dinheiro agora, mas tem certeza de que terá o valor para pagar a fatura cheia, com taxas e encargos no mês seguinte;
- Caso consiga pagar um valor maior do que o mínimo, como metade do total. Nesse caso, pode compensar pagar os juros do rotativo e quitar o restante logo no mês seguinte.
Lembre-se de incluir os juros e tarifas e o total de novas compras no cartão nas suas contas antes de tomar qualquer decisão.
Porém, se você já sabe que não conseguirá pagar o saldo devedor no mês seguinte, nem entre no rotativo. Faça o parcelamento da fatura o quanto antes, pois os juros são mais baixos. Essa opção já costuma vir na conta.
3 formas de pagar a fatura do cartão de crédito
O pagamento mínimo da fatura e o parcelamento são soluções que não podem ser usadas com frequência. Se adiar e parcelar muitas vezes, seu endividamento será muito maior.
Avalie sua situação e se não valer a pena fazer o pagamento mínimo, o parcelamento pode ser um alívio para o seu bolso. Além de parcelar diretamente com a emissora do cartão de crédito, existem outras alternativas, como:
1. Boleto parcelado
Você pode pagar a fatura do cartão usando o boleto parcelado. A 99Pay já oferece esse serviço. Saiba como parcelar os seus na 99Pay!
Você parcela a fatura pagando taxas menores do que se fizesse com a emissora do cartão. Além disso, o limite é liberado já que está pagando o valor cheio da conta.
2. Pix parcelado
No Pix parcelado da 99Pay, você paga a fatura em parcelas enquanto a empresa do cartão recebe o valor à vista da instituição financeira.
Essa operação funciona como um empréstimo. Por isso, tem cobrança de taxas, mas que podem ser menores do que as do cartão. Conheça as opções do Pix parcelado no seu app 99, na aba 99Pay.
3. 99Empresta
Um empréstimo rápido pode ser uma solução para não cair nos juros altos do crédito rotativo nem ficar sem limite no cartão. Com o 99Empresta, você usa o dinheiro para pagar o valor cheio da fatura e assumir parcelas que realmente cabem no seu bolso.
Para fazer um empréstimo pessoal rápido, você passa por análise de crédito e uma verificação da sua identidade por segurança. Depois disso, é só quitar uma conta cara e assumir as parcelas do empréstimo com taxas realistas. Aproveite e conheça como o 99Empresta pode te ajudar!
